domingo, 31 de março de 2013

COMENTÁRIO DE LAURA BERQUÓ SOBRE A PROIBIÇÃO DE EXISTÊNCIA DE "PRESÍDIOS BONS"



Laura Berquó Prezad@s, somente agora li o texto de Marinho Mendes Machado no O Blog dos Direitos Humanos e irei divulgar por e-mail e para minhas amizades no face. Li todos os comentários também e agora posto o que mais me chamou a atenção e as minhas reflexões: O que é bom ainda não ficou conceituado. Creio que é subestimar as nossas crianças excluidas, em pensar que as mesmas achem guloseimas e brinquedos bons. Bom é poder comer, estudar em boa escola pública, ser bem atendido pelo SUS, ter uma perspectiva de futuro, não correr o risco de engrossar a estatística do SUS de jovens negr@s assassinad@s, nem ter que escolher se será da AlQaeda ou dos Estados Unidos. Uma criança nunca achará o presídio um lugar bom, porque sabe que as pessoas que pra lá vão estão em falta com alguma coisa, ou estão há anos esperando por um julgamento que nunca chega. Verdade. Há presas e presos provisórios por demais nesse Estado. Mutirões se mostraram ineficazes porque ainda encontramos apenados provisórios já há 04 anos, tanto nas unidades femininas como masculinas. Nenhuma criança achará bom visitar o Roger, ainda que se coloquem balas ou brinquedos, porque lá não dá nem pra andar em meio às valas, como servidores que correm risco de a qualquer momento sofrerem com uma rebelião, ou ainda, nenhuma criança achará bom um lugar, ainda que haja brinquedos e guloseimas porque sua mãe chora em casa porque seu pai foi torturado na cadeia. Nenhuma mocinha achará bom um lugar ainda que tenha guloseimas e brinquedos se ela que talvez ainda não tenha dado nem o primeiro beijo, tenha que ser obrigada a ficar nua e se acocorar com a vagina para a frente de um espelho com pessoas olhando. Muitas apenadas no Bom Pastor reclamam que suas filhas nunca mais voltaram. As noticias postadas a respeito do Bom Pastor servem apenas como verniz de má qualidade, porque nenhuma criança achará legal o Bom Pastor, mesmo com doces e brinquedos se sabem que a Diretora do lugar tortura as presas com spray de pimenta, descumpre a LEP, leva jovens ao suicidio pelas surras dadas por agentes homens, ficam menstruadas sem absorventes como punição, não tem acesso a comida destinada a elas, porque o melhor é oferecido em banquete a pessoas que lá trabalham ou para visitas regulares que ajudam nas torturas e as apenadas comem carne fedida, podre, porque as carnes não ficam em freezers. Nenhuma criança achará bom um lugar em que a mãe apenada devido aos maus tratos perde o irmaozinho que ela estava gestando. Nenhuma criança achará bom um lugar em que o pai dorme pelado com mais de 80 homens numa cela improvisada, no chão molhado, cheio de fezes como no PB1. Presídio na Paraíba é lugar de tortura, sofrimento, e não de ressocialização. Chega a ser engraçado, porque num lugar em que tudo isso acontece, dificilmente se terá balas e brinquedos, porque não tem nem cama suficiente, nem remédio suficiente para apenadas com HIV, as com tuberculose dormem junto com as demais etc . Eu quero saber quem são os mil e tantos apenados que estudam porque já entevistei vários e várias e eles não estudam. Outra coisa, NÓS QUE REALMENTE SOMOS MILITANTES DOS DIREITOS HUMANOS, não somos contra disciplina nos presídios, somos contra a tortura. Também não somos contra que apenad@s cumpram com suas penas, somos contra é a falta de projetos de ressocialização, porque o que foi trazido aí não são projetos que correspondam à realidade, nem mesmo que se chame de projetos, porque são ações pontuais, sem continuidade na sua maioria, que servem apenas para a propaganda oficial. Quantos projetos a Paraíba tem em convênio com o Ministério da Justiça, através do FUNPEN? Antes que reponda, os poucos que haviam, o próprio Procurador da República e também conselheiro do CEDHPB, Duciran Farena, recomendou a suspensão dos convênios porque não via resultado do dinheiro empregado. E projetos estaduais com recursos próprios do Estado? Se se admite que as pessoas que ali estão são excluidas e por isso seus filh@s correm o risco de ali ingressarem, qual o diálogo que existe entre secretarias, gerências, para que se cuide do todo. O que a Gerencia acha do pedido de interdição total do Roger e de outros que virão? Por que será que se chega ao ponto de pedir algo assim? A SEAP observa a LEP? A CF/88? Criticam tanto os Direitos Humanos, mas a verdade é que hoje tod@s que se dizem de esquerda querem dizer que são dos DH. Também não admitimos sermos chamad@s de denuncistas. Ninguém arrisca a própria vida fazendo denúncia que não existe. Pelo contrário, por coisas menores as pessoas se calam. Porque a gente está numa posição ingrata, mais ingrata do que tod@s que integram gestões, sejam quais forem, porque lutamos inclusive contra a publicidade oficial. Marinho Mendes Machado tem um jeito de escrever corajoso, porque não se prendeu a status que sua carreira poderia lhe conferir, de origem humilde, continua sendo pelos mais excluidos, consegue ver dignidade no ser humano mais deformado socialmente e moralmente. Também tem ideias e projetos valiosos e de baixo custo de atendimento para vitimas de crimes o que inclusive já chamou a atenção e o interesse do próprio governo em com ele dialogar. Mas eu ainda quero saber: o que é bom?

sábado, 30 de março de 2013

SRª. GERENTE, O QUE É PRESÍDIO BOM?


                                     “Lembrai-vos dos encarcerados, como se vós mesmos estivésseis presos com eles. E dos maltratados, como se habitásseis no mesmo corpo com eles.” (Hb 13, 3).

Sintonia II: “Presídio não pode ser um lugar bom”, diz gerente de ressocialização. (PARAIBAEMQAP).

                                   Li estarrecido essa declaração de quem nunca poderia fazê-lo. Essa fala foi feita no interior do 2º Batalhão de Polícia Militar de Campina Grande e sua autora é nada mais, nada menos do que a Gerente de Ressocialização da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado da Paraíba, dando azo a se pensar: Se essa tal de ressocialização é algo inexistente, a declaração encontra-se muito bem feita, já que quem a proferiu, também, desgraçadamente, ainda não se deu conta de que sua gerência é a gerência do nada, já que não existe um projeto político estatal de ressocialização, podendo-se verberar também, que são existe projeto não pode existir gerência e gerente, tudo é na base do faz de conta. Mas só os que possuem humildade podem captar tal fenômeno e lançar um olhar crítico e humano sobre ele.
                                   A ressocialização “sapientíssima gerente”, tem o intuito de  trazer a dignidade, resgatar a auto-estima do detento, trazer aconselhamento e condições para um amadurecimento pessoal, além de lançar e efetivar projetos que tragam proveito profissional, entre outras formas de incentivo e com ela os direitos básicos do preso vão sendo aos poucos sendo priorizados, ou seja, é todo um trabalho dirigido à reintegração social, já que cedo ou tarde, os apenados novamente ganharão às ruas.
                                   Bafejei na fala um inteiro despreparo de quem é nomeada para gerar condições de humanização e respeito, e no discurso inoportuno, encontra-se embutidas três terríveis provocações: é uma justificativa à falta de competência para criar e desenvolver a política ressocializadora, é pré-conceito latente e infenso à essa ressocialização, bradando que preso não merece nada, ou em último caso, é alguém que ainda não possui atitude suficiente para dizer uma coisa frente aos presos e o mesmo ponto de vista frente aos agentes penitenciários ou policiais, postura que exige uma forte formação em todos os sentidos, senão, quando na presença de poucos presos e em comemorações montadas e preparadas para parecerem que no sistema ta tudo bem, se louva os presidiários e na companhia dos que integram o sistema passa o pensamento de que: eu quero é que eles se danem, se explodam.
                                   Mas antes de pensar outra idéia: Por favor, me diga o que é presídio bom? Seria com camas, asseio, respeito, trabalho, educação, cursos profissionalizantes? Diga-me mais: Você gostaria de morar num presídio bom?
                                   Você também não conhece a Constituição Federal que estatui que a pena não pode passar da pessoa do criminoso,  e a douta e ilustrada gerente ao defender presídios maus, é claro que advoga que os filhos dos segregados também amarguem, purguem e espiem junto com eles a pena aplicada.
                                   Mas o que é prisão boa mesmo Senhora Gerente? Gerente do nada, pois é de conhecimento corriqueiro, a inexistência de um projeto de ressocialização na Paraíba. Diga-me, insisto, o que é um presídio bom? Que não deve existir segundo sua sábia peroração lá frente aos policiais do 2[UP1] º BPM e me diga como deve ser o presídio mau, que desagrade e crie ojeriza e nojo aos filhos dos apenados que a senhora, pelo menos em tese, deveria ressocializar?
                                   Sua fala sugere que os presídios da Paraíba devem continuar como estão, ou seja: masmorras vergonhosas, veja o do Roger, fossas putrefeitas e saunas fedidas, insalubres. Se pensas assim, também pensas que um cursinho de bordado, uma alfabetização de alguns, um curso de um artesanato duvidoso é ressocialização. Não, ressocialização é muito mais, se dê conta, não aceite viagens e nem diárias para discursar em nome de secretários e acerca de algo que é uma aleivosia, metafísico e fique na “gerência” em João Pessoa mesmo e elucubre um projeto de verdade, palpável, patente, concreto, pois enquanto a senhora pensa que gerencia, em encontros de quartéis, tudo que emana de visível de sua gerência, é sua fala equivocada, e se o governador me ouvisse, te dispensaria em nome do projeto de governo que ele encarna e sonha vitorioso e que você prejudica, talvez por não ter bem claro o que seja ressocialização e muito menos saber responder O QUE SEJAM PRESÍDIOS BONS.






Registrados 13 assassinatos na Grande João Pessoa nas últimas 48 horas


As mortes começaram na quinta-feira, 28, com o assassinato do empresário Adalberto Pinto Monteiro

 O feriado da Semana Santa de 2013 deverá ser marcado como uma dos mais violentos da grande João Pessoa. Em apenas 48 horas, foram registrados 13 assassinatos. Os crimes aconteceram nas cidades de João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita e Conde, e as mortes aconteceram através de facadas e disparos de armas de fogo.
Crimes
As mortes começaram na quinta-feira, 28, com o assassinato de Adalberto Pinto Monteiro, empresário da construção civil. O crime aconteceu em João Pessoa, no bairro do Bessa.
Em Santa Rita, no mesmo dia, morreram três pessoas, dois homens e um adolescente. Na Capital paraibana, mais um homicídio foi registrado na Capital paraibana, baleado 10 vezes enquanto estava em um carrinho de espetinhos no bairro de Cruz das Armas.
Ainda na quinta-feira, 28, duas pessoas morreram em Cruz das Armas.
No município do Conde, as vítimas foram um ex-presidiário, que foi abordado enquanto passava por uma rua do Loteamento Carnaúbas, e um adolescente de 17 anos que foi morto no distrito de Guruji.
A sexta-feira, 29, começou com o assassinato de um adolescente, que foi encontrado pela Polícia boiando em um maceió na praia de Intermares, em Cabedelo.
Mais quatro crimes foram registrados em João Pessoa, um no bairro de Cruz das Armas, Jardim Veneza, Altiplano e bairro dos Ipês.
da Redação
WSCOM Online

sexta-feira, 29 de março de 2013


João Pessoa é a 10ª cidade mais violenta do mundo, aponta pesquisa; Veja o ranking!


A Rede de TV norte-americana CNN divulgou nesta quinta-feira (28) o ranking das 100 cidades mais violentas do mundo. Dados levantados pela organização não governamental mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Criminal apontaram João Pessoa como a 10ª cidade onde mais se praticam homicídios violentos, levando em conta a proporcionalidade da população.

Os dados são de 2012, quando a capital paraibana registrou 518 homicídios, com uma taxa de 71,59 assassinatos por cada grupo de 100 mil habitantes.

Em 2011, João Pessoa ocupava a 29ª posição no mesmo ranking, após fechar o ano com 583 assassinatos, sendo 48,64 para cada grupo de 100 mil habitantes.

Mesmo tendo apresentado uma pequena redução de um ano para outro, a cidade acabou ganhando mais destaque negativo na lista. A explicação é que as outras cidades mostradas pela ONG mexicana intensificaram ações para reduzir o número de assassinatos intencionais e violentos.

Como é o caso de Maceió, capital de Alagoas. No ranking de 2011, a cidade aparece ocupando o vergonhoso terceiro lugar, com 1.564 homicídios registrados e a absurda taxa de 135,26 ocorrências para cada grupo de 100 mil habitantes.

Em 2012, após reforço nas ações de segurança pública, inclusive com interferência da Força Nacional de Segurança, Maceió reduziu para 801 homicídios (85,88/100 mil habitantes). Mesmo assim, ainda figura na relação divulga nesta quinta com no vergonhoso sexto lugar.

Outras 15 cidades brasileiras aparecem na relação das 50 cidades mais violentas do mundo. A pesquisa levou em conta dados oficiais pesquisados em 189 países, alguns inclusive em conflitos e guerras civis. Mesmo assim, o Brasil, que sediará eventos esportivos internacionais, surge como o mais violento entre todos os pesquisados.

Conhecido internacionalmente por ser um país dominado pelo crime, o México tem apenas nove cidades entre as mais perigosas, de acordo com a ONG. 

Veja o ranking das cidades mais violentas do mundo 

1 - San Pedro Sula, Honduras
1.218 homicídio doloso em 2012
719.447 habitantes
169,30 homicídios por 100 mil habitantes

2 - Acapulco, México
1.170 homicídio doloso em 2012
818.853 habitantes
142,88 homicídios por 100 mil habitantes

3-Caracas, Venezuela
3.862 homicídio doloso em 2012
3.247.971 habitantes
118,89 homicídios por 100 mil habitantes

4-Central District, Honduras
1.149 homicídio doloso em 2012
1.126.534 habitantes
101,99 homicídios por 100 mil habitantes

5-Torreon, México
1.087 homicídio doloso em 2012
1.147.647 habitantes
94,72 homicídios por 100 mil habitantes
6-Maceió, Brasil
801 homicídios intencionais em 2012
932.748 habitantes
85,88 homicídios por 100 mil habitantes

7-Cali, na Colômbia
1.819 homicídio doloso em 2012
2.294.653 habitantes
79,27 homicídios por 100 mil habitantes

8-Nuevo Laredo, no México
288 homicídios em 2012
395.315 habitantes
72,85 homicídios por 100 mil habitantes

9-Barquisimeto, Venezuela
804 homicídios em 2012
1.120.718 habitantes
71,74 homicídios por 100 mil habitantes

10-João Pessoa, Brasil518 homicídios em 2012
723.515 habitantes
71,59 homicídios por 100 mil habitantes

11-Manaus, Brasil
945 homicídios em 2012
1.342.846 habitantes
70,37 homicídios por 100 mil habitantes

12-Guatemala, Guatemala
2.063 homicídio doloso em 2012
3.062.519 habitantes
67,36 homicídios por 100 mil habitantes

13-Fortaleza, Brasil
1.628 homicídio doloso em 2012
2.452.185 habitantes
66,39 homicídios por 100 mil habitantes

14-Salvador (RMS e), Brasil2.391 homicídio doloso em 2012
3.642.682 habitantes
65,64 homicídios por 100 mil habitantes

15-Culiacan, México
549 homicídios em 2012
884.601 habitantes
62,06 homicídios por 100 mil habitantes

16-Vitória, Brasil

1.018 homicídio doloso em 2012
1.685.384 habitantes
60,40 homicídios por 100 mil habitantes

17-New Orleans, Estados Unidos
193 homicídios em 2012
343.829 habitantes
56,13 homicídios por 100 mil habitantes

18-Cuernavaca, México
359 homicídios em 2012
640.188 habitantes
56,08 homicídios por 100 mil habitantes

19-Juarez, México
749 homicídios em 2012
1.339.648 habitantes
55,91 homicídios por 100 mil habitantes

20-Ciudad Guayana, Venezuela
578 homicídios em 2012
1.050.283 habitantes
55,03 homicídios por 100 mil habitantes




Fonte: Consejo Ciudadano para la Seguridad Publica y Justícia Penal


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Padre Bosco: 'Páscoa' - Leia a Coluna desta semana


Páscoa
 
Estamos vivenciando a tradicional semana santa. Qual o sentido deste tempo? Para muitas pessoas é um momento para um feriadão: viagem, bebida, praia, descanso, brigas, etc. nesta nossa sociedade, tudo é relativo e tudo está à mercê de nossas vontades e desejos. Feriadões são também oportunidades mesmo não desejadas, para violências e mortes.
 
A semana santa continua sendo a mesma para a igreja desde suas origens. É um tempo especial, chamada de semana maior pelo fato de nela celebrarmos o maior acontecimento da historia da humanidade em todos os tempos e em todas as dimensões.
 
Domingo de Ramos, abertura da semana, nos lembra da entrada de Jesus em Jerusalém, sendo aclamado como Rei, montado em um jumentinho. Para qualquer pessoa que reflete um pouquinho e conhece a estrutura social, já sabe que se trata de um rei e de um reinado completamente destoante dos reinados convencionais. Jamais um rei entraria de forma triunfal em uma cidade montado em um jumentinho.
 
A partir de então, o desenrolar dos acontecimentos lembrará que o reinado de Jesus não passa pela ordem, pelo poder, pelo dinheiro, mas pelo serviço.
 
Na quinta feira santa, pelo final do dia, em todas as paroquias, basílicas e catedrais, se celebra a Ceia do Senhor com o lava-pés. Não há gesto mais profundo do que este, no qual Jesus sai da mesa, se cinge com uma toalha e se abaixa para lavar os pés de seus discípulos. Com esta atitude o Senhor assume o lugar do escravo que na casa do patrão lavava os pés da visita que ali era recepcionada. Exatamente por este motivo é que o apostolo Pedro reage para que o mestre não lhe lave os pés.
 
Em muitas de suas falas Jesus deixou muito claro, que veio para servir e não para ser servido. Veio para dar a sua vida para salvar a todos. Assim Jesus deixa claro, na santa ceia, que se temos alguma função na igreja, não deve ser o status, o prestigio, o titulo, a fama, o paparico, mas a tarefa de lavar os pés uns dos outros, que traduzindo, significa estar a serviço diante dos apelos e necessidades de irmãos e irmãs. Como dizem: “quem não vive para servir, não serve para viver”. Assim, celebrar a ceia é fazer tudo o que Ele fez: “Façam isto em memoria de mim”.
 
A sexta feira é o dia do silencio, o dia da entrega. Quando uma pessoa é assassinada não dizemos que a mesma morreu, mas que a vida lhe foi tirada. Jesus também não morreu simplesmente, mas as autoridades resolveram que o matariam. Assim aconteceu! Jesus, por fidelidade à sua missão, não abriu mão de seu projeto para a construção do reinado e permaneceu fiel até o fim. Ama quem é capaz de dar a vida até o fim. Morrer com Jesus é uma necessidade e uma virtude cristã.
 
Morre-se com Jesus no dia a dia como também pela graça do martírio. Só se vive que se morre. Salvar a pele, proteger a imagem, não se queimar, ficar do lado dos grandes para ser bajulado significa perder a vida. Celebrar a paixão é percebê-la acontecendo todos os dias no sofrimento das pessoas abandonadas e se solidarizar com elas, mas que isso signifique desonra e desprestigio para nós. Que o nosso desejo humano de aparecer não nos tires da cruz que nos salva. A paixão de Jesus está cada vez mais presente na humanidade humilhada e injustiçada. De maneira mais evidente o Senhor nos diz que tudo o que fizermos aos outros é a Ele que estamos fazendo. Chorar diante do crucifixo e não chorar diante dos crucificados, para tomar o partido deles é ampliar o sofrimento de Jesus.
 
Celebrar o sábado santo é acolher o dom da vida. Os que pensaram derrotar Jesus e sua missão foram derrotados para sempre. O sepulcro se tornou vazio, isto é, não temos mais a derrota da humanidade, mas a sim da vida que nos vem pela ressurreição. A igreja proclama que Jesus é o Senhor. Lembrando Dom Helder Câmara “depois da ressurreição ninguém mais pode viver sem esperança.” Jesus é a própria esperança. Ninguém mais pode ser contra nós, nem contra vida, pois Ele está conosco, em nosso favor e a favor da vida.
 
Por favor, você já comprou os ovos de páscoa, porem, não esqueça que a pascoa não é mais uma festa de comes e bebes, mas uma pessoa, a mais especial de todas, divina, o próprio Deus, o verbo que armou a sua tenda em nosso meio, para sempre. O mesmo estará conosco até o fim dos tempos. Nesta logica, Feliz Pascoa!


Por Padre Bosco
* Colunista do Blog Mari Fuxico


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terça-feira, 26 de março de 2013

Fernanda Pompeu: 'Valdênia, um metro e meio de atrevimento'



Valdênia, um metro e meio de atrevimento 

Valdênia Paulino Lanfranchi, a primeira ouvidora de polícia na Paraíba, é uma pessoa sem papas na língua e sem rugas no pensamento. Ela chega esclarecendo: "A maior parte dos policiais militares e civis é séria. É gente que trabalha duro. Porém, alguns extrapolam o poder da função e se tornam criminosos. A Ouvidoria existe para que a população possa denunciar abusos e se proteger dos maus policiais".

Valdênia está no cargo faz um ano e meio. Ela foi indicada pelo Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba. A Ouvidoria de Polícia é vinculada à Secretaria de Segurança. "Eu e minha equipe estamos fazendo um bom trabalho. Antes, 80% das denúncias vinham por telefone. Hoje, 45% delas são presenciais. As pessoas vêm até nós. Isso significa que a população está confiante no trabalho da Ouvidoria", ela comemora.

As principais denúncias contra policiais são de assassinato, tortura, corrupção, envolvimento com traficantes, formação de milícias. "Mas também companheiras e esposas de policiais nos procuram para relatar situações de violência doméstica. Ou seja, é um caldo em que o ingrediente principal é o machismo. O sujeito se acha o máximo porque tem um pênis e uma arma", Valdênia desabafa. Como é comum acontecer, muitas mulheres vítimas de violência recuam quando se fala em processar judicialmente o agressor. "Damos apoio para as que querem levar a denúncia adiante. A gente encaminha a mulher para um Centro de Referência e acompanha os passos do processo. Sempre digo, um homem agressor já é perigoso, um agressor armado é muito mais", ela pontua.

Valdênia mora em João Pessoa desde 2009. Veio com o marido Renato Lanfranchi, um ex-padre de origem italiana. Ela conta: "Renato também é um batalhador pelos direitos humanos. Daí a gente se entende às mil maravilhas e sempre roubamos um tempinho para namorar. Isso dá salubridade ao nosso cotidiano muito carregado. Todo mundo que trabalha com a promoção e a defesa dos direitos humanos sofre de estresse intenso. Sabe por quê? Porque o Brasil ainda é um grande violador de direitos." A ouvidora fala com propriedade, pois está metida na defesa dos mais pobres e vulneráveis desde sua adolescência. "Eu nasci em 1967. Com quinze anos já fazia trabalhos nas favelas de Sapopemba. Também já acompanhei a dor de inúmeras mães. Vi muito menino ser morto pela Rota, ou por traficantes. Também testemunhei a comunidade ter muitas vitórias, mas sempre a partir da luta. Nenhuma conquista vem de graça", explica.

Formada em Direito, com mestrado na PUC de São Paulo, Valdênia leciona em duas faculdades de João Pessoa. Ela acredita ser fundamental formar jovens advogados com valores democráticos e éticos. "Ainda são poucos os advogados dispostos a ir para linha de frente. Isto é, trabalhar ao lado e em conjunto com as pessoas mais desfavorecidas. Aquelas que carecem de dinheiro, educação, trabalho, lazer. Não obstante os avanços contra a pobreza no Brasil, ainda há cidadãs e cidadãos desrespeitados", diz a professora. Ousada, ela ajudou a organizar o grupo de Mães da Paraíba. São mulheres que tiveram seus filhos assassinados sem que ninguém fosse responsabilizado. "A dor dessas mães nunca acaba. Mas poderia ser minimizada se os assassinos de seus filhos pagassem pelo o que fizeram. Quando a justiça é feita, o coração serena", ela reflete.


Pequena grande guerreira

Pimeira ouvidora mulher de polícia na Paraíba. Modesta, Valdênia pouco fala dos vários Prêmios e Menções Honrosas que recebeu por seu trabalho na área dos Direitos Humanos. Ela foi agraciada no Brasil e no exterior. "Eu me defino como uma promotora de direitos. Fiz isso por toda a minha vida. Nunca me calei, ou abaixei a cabeça para a prepotência de maus policiais, maus juízes, ou bandidos", ela deixa claro. Tal coragem tem seu preço. Hoje a ouvidora de polícia da Paraíba conta com escolta de segurança, devido às ameaças ao seu local de trabalho e a sua vida. "Trabalhando na Ouvidoria de Polícia, contrariamos muitos interesses. Por exemplo, interesses de criminosos organizados. Essa gente que se acostumou a viver na impunidade, a fazer o que bem entendesse. Aí, de repente, eles percebem que vamos criar obstáculos, vamos averiguar e, na medida do possível, responsabilizá-los pelos malfeitos", ela conclui.

Amigos e familiares de Valdênia temem por um atentado a sua vida. Mas quem a conhece sabe que esta mulher não tem medo de meter a mão em vespeiro. A comunidade de Sapopemba, na zona leste de São Paulo, coleciona histórias da coragem de Valdênia. São inúmeras. Ela lutou por transporte, habitação, saneamento básico, escolas, geração de empregos, justiça. Sempre pôs a cara para bater. Uma vez parou na frente de um trator que se movimentava para derrubar uma casa em um assentamento. O tratorista desistiu de ir em frente. Algumas vezes ela acabou presa. Numa delas, o delegado ao ver a moça franzina, de um metro e meio de altura, exclamou surpreso: "Mas esta é a perigosa Valdênia? Eu imaginava que fosse uma mulher enorme!"


Por Fernanda Pompeu


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domingo, 24 de março de 2013


litz em Bayeux BPTRAN DMTRAN 2ª Cia Ministério Publico

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 Na noite deste Sábado (23) uma blitz realizada pelo  BPTRAN DMTRAN policias da 2ªCia e ministério publico Corpo de Bombeiro Civil e outros órgãos iniciou-se em frente antiga Brascorda uma Blitz DMTRAN e 2ª Cia, em seguida a Major Rivaldo da PBTRAN e Cap. Ana Paula conseguir aprender 20motos 4 CNH e um Motorista foi detido por embriagues para 5ªDD em Bayeux. Em outro ponto na Praça 6 de Junho Major Magno 2ªCia e Promotor de Justiçar Drº Marinho Mendes, apreenderam 19 motos 2 veículos e 1 CNH e  um motorista foi aprendido após tentativa de atropelamento em Guarde do DMTRAN por desacato autoridade de Transito., fizeram se presente CB Ferreira  VT 5303 da PBTRAN. A outra ocorrência dois jovem em tremenda discussão e muita cacete pau com duas mão, foram detido pela VT 5126 VB Viana CB Cunha para 5ªDD em Bayeux, um dois jovem se encontra frasco de LOLO.
 Bayeuxjovem/ fotos Bayeuxjovem
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sábado, 23 de março de 2013


Comando Geral da Polícia Militar extingue símbolo da caveira na corporação

O Comando Geral da Polícia Militar da Paraíba (PMPB) publicou, no boletim interno desta quinta-feira (21), resolução (número 003/2013) que dispõe sobre a vedação do uso de símbolos e expressões de cunho intimidatório no âmbito da corporação, além de frases e jargões em músicas ou jingles de treinamento que façam apologia ao crime e à violência.
A norma segue entendimento da resolução de 20 de dezembro de 2012, da Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, e entrou em vigor já na data de publicação. Com isso, o símbolo da faca sobre a caveira, então utilizado pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da PMPB em fardamentos e bandeiras, será retirado de tais materiais. O símbolo era usado na tropa especializada com o significado da vitória da vida sobre a morte.
No entanto, o emblema pode provocar outras interpretações e como a missão constitucional da PMPB é promover a paz social e o bem-estar da sociedade democrática, o Comando Geral resolveu extinguir o uso da‘faca na caveira’.
“A essência do Bope não está em símbolos, mas sim em preservar vidas e aplicar a lei. O batalhão vai continuar sendo um importante braço da Polícia Militar, sempre intervindo em situações de risco e sem derramamento de sangue. Em um ano (tempo de ativação do Bope na Paraíba), todas as intervenções feitas pela unidade salvaguardaram a vida dos cidadãos de bem e daqueles que estavam contra a ordem pública”, frisou o comandante geral da PM, coronel Euller Chaves.
Ele comentou, ainda, que a decisão de extinguir o símbolo da ‘caveira’ foi tomada pelo Comando, em construção com o Bope, mas abrangendo toda a corporação, “a fim de assegurar a cultura de paz e também não polemizar, pois temos problemas reais para solucionar”.

quinta-feira, 21 de março de 2013


OAB-PB critica PM por suposta alusão a práticas nazi-facista e a ditadura militar


"Símbolo da Caveira na PM é um inaceitável retrocesso as práticas dos tempos nazi-facista e da ditadura militar brasileira”

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), Alexandre Guedes, enviou nota a imprensa, nesta quinta-feira (21), criticando a Polícia Militar da Paraíba pelo uso de uma caveira como símbolo do BOPE (Batalhão Especial da Polícia Militar da Paraíba), que na última quinta-feira (14), completou um ano.
De acordo com a nota, “O símbolo da caveira tem origem nazista. Na 2ª guerra mundial os nazistas usavam os crânios para aterrorizar os prisioneiros. Estes demonstram como a Ditadura Brasileira sofreu influências da Alemanha de Hitler. Influenciando as instituições de Segurança Pública”.
Veja nota na integra baixo:
N O T A - O1/2013 DA CDH-OAB/PB
O SÍMBOLO DA CAVEIRA NA POLÍCIA MILITAR DA PARAÍBA - UM INACEITÁVEL RETROCESSO ÀS PRATICAS DO TEMPOS DO NAZI-FACISMO E DA DITADURA MILITAR BRASILEIRA!
Adv. Alexandre Guedes (*)
A VERDADEIRA ORIGEM DO USO DA CAVEIRA:
Nas inúmeras culturas e em todas as épocas a caveira é comumente considerada o símbolo da morte e do terror. Nas antigas civilizações eram usadas pelos povos primitivos em rituais de magia. Durante as guerras entre povos costumava-se usar a caveira para avisar ao inimigo da morte imediata. Na idade moderna as seitas costumavam usá-la nos seus ritos secretos. Hoje a imagem da caveira representa o terror a morte a violência.
No Brasil durante o inicio da 2° guerra mundial, os alemães desenvolveram a prática de exercícios de educação física rústica, associada ao combate militar da guerra. Os nazistas dotaram as forças especiais do exército da Alemanha nazista com treinamentos e instruções militares com grande carga física e tática. 
Foi durante as olimpíadas de Munique ( 1936) - o militar Robert de Pessoa do Exército Brasileiro, foi designado para compor a delegação brasileira que participaria dos jogos olímpicos naquele ano na Alemanha. O oficial falava alemão e era especialista em educação física. Um espião perfeito para cumprir a missão. Sua missão era conhecer e registrar as técnicas e a metodologia do treinamento militar das forças militares especiais da Alemanha Nazista.

Na Alemanha o oficial Robert de Pessoa teve acesso a Academia Militar do Exercito Alemão conseguindo fazer amigos no oficialato. Após sua volta, o Governo Brasileiro tinha o militar certo, para efetivar o projeto denominado:COMANF - Comandos Anfíbios - uma força de elite do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil. O COMANF adotou o mesmo símbolo utilizado pelas forças especiais nazista - a imagem da caveira.
Durante a ditadura militar o governo do Rio de Janeiro criou uma tropa capaz de capturar pessoas que eram contra o regime militar chamado BOPE naquele momento atendendo as necessidades de repressão à Resistência Democrática ao governo militar. O BOPE foi criado em 19 de janeiro de 1978, pelo Boletim da Polícia Militar n° 014 da mesma data, como Núcleo da Companhia de Operações Especiais (NuCOE); através de um projeto elaborado e apresentado, pelo então Capitão que era conhecido no circulo secreto da policia militar como Mr. R; ao Comandante-Geral da PMRJ, Coronel Mário José Sotero de Menezes. Nascia assim o BOPE, com o simbólico da imagem que era o terror dos prisioneiros da repressão: a caveira.
O símbolo da caveira tem origem nazista. Na 2ª guerra mundial os nazistas usavam os crânios para aterrorizar os prisioneiros. Estes demostram como a Ditadura Brasileira sofreu influências da Alemanha de Hitler. Influenciando as instituições de Segurança Pública.
PARA QUE SE RESTAURE A VERDADE!:
No último dia 14 (quinta – feira) do corrente mês. Durante a comemoração do primeiro ano de aniversario do Batalhão Especial da Polícia Militar da Paraíba- BOPE; o Comandante Geral da PM da Paraíba, o Coronel Euller, vestiu um uniforme preto e colocou o símbolo da caveira no seu próprio uniforme.
O comandante Euller, acintosamente, ainda determinou que um Banner com uma caveira fosse colocado à frente da tropa, na Tribuna do Parlatório; e uma bandeira preta contendo uma caveira fosse hasteada juntamente com a Bandeira Nacional e a Bandeira do Estado da Paraíba no Pavilhão de Honra dos símbolos Estadual, Municipal e Nacional. Tudo isso em frente ao comando geral da PM na Praça Pedro Américo, em nossa Capital.
Ao final da solenidade com microfone em punho em plena praça pública, diante do público, o coronel Euller gritou CAVEIRA!!!!
Encontrávamos presentes no local na formatura militar, um grupo de militantes e autoridades dos Direitos Humanos entre eles alguns conselheiros do Conselho Estadual de Direitos Humanos na qual sou conselheiro, honronsamente representando a ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SECCIONAL DA PARAÍBA.

Nós do Conselho Estadual de Direitos Humanos estávamos no local, convidados que fomos, com o objetivo de prestigiar aquele importante evento, mas ao mesmo tempo também, manifestar nosso repúdio ao fato da Polícia Militar ainda permitir o uso de símbolos como caveiras e animais raivosos, jargões e palavras-de-ordem, em músicas ou jingles de treinamento que fazem apologia ao crime e à violência, com a escusa de que os policiais se sentem mais estimulados/motivados para o trabalho.
Na oportunidade protocolamos junto ao quartel do comando geral da PM um oficio e requerimento para a imediata aplicação da Resolução Ministerial nº 08 datada em 21 de dezembro de 2012, que orienta as forças policiais a não utilizarem tais símbolos de apologia à violência.
Entendemos que esta atitude contraria e transgride Dispositivos Constitucionais; Tratados, Pactos e Convenções de Direitos humanos, e a própria Resolução Ministerial nº 08/2012, acima mencionada, afrontando de forma acintosa o nosso Estado Democrático de Direito.
É sabido que a violência tem símbolos e práticas, e a estas desumanizam os trabalhadores(as) da Segurança Pública, que acabam se manifestando e reproduzindo com tais práticas condicionadas, a atos de ódio e raiva no tratamento dispensado principalmente no trato com a população jovem de periferia, em geral, negra e mais a mais pobre do Estado, e que foi refletido em recente pesquisa nacional, onde despontou nosso Estado como um dos mais violentos do País e o que mais mata jovens negros!
Além de contrariar a política de segurança publica e defesa social, com força pacificadora, em voga pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social da Paraíba.
Desta forma, a nossa presença naquela solenidade, era apelar para que houvesse a imediata adequação da Resolução Ministerial nº 08 de 21 de dezembro de 2012 na Polícia Militar do Estado da Paraíba.
Ao término da formatura, o Coronel Euller abordou os membros do Conselho Estadual de Direitos Humanos, e nos convidou para que fossemos até o seu gabinete, que ele mesmo receberia o documento. Após a insistência do comandante, resolvemos ir até o seu gabinete, acompanhados também do sub comandante, Coronel Castro, e lá mesmo, protocolamos o documento, que foi entregue nas mãos do Comandante-PM Euller.
Naquele momento, ouvimos do comandante Euller a negativa para a efetivação da resolução justificando ele que "a resolução não teria força de lei". Nós contra-argumentamos que aqueles símbolos e práticas metodológicas motivadoras da violência, é que não tinham previsão legal para os eu uso. Dialogamos com o coronel Euller, que era um contrassenso e um retrocesso a Polícia Militar da Paraíba usar em viaturas, fardamentos, bandeiras, no treinamento policial e no pavilhão nacional o símbolo da caveira, dizendo que “a sociedade busca uma polícia cidadã, legalista e pacificadora, e em quem a sociedade possa confiar. E que estamos sob a égide de uma Republica Democrática e o atual governo na Paraíba é um governo de caráter socialista". 
Mas o coronel Euller justificou sua decisão de implantar o símbolo da caveira e toda sua ritualística (canções, logomarca e treinamento), argumentando "que aquele símbolo motivava e coesionava a tropa militar" . Deixamos o local desapontados por não ter sido possível um dialogo convincente com o Coronel Euller. 
No mesmo dia, o coronel Euller postou no site da PM uma matéria, onde dizia, que “a comissão de Direitos Humanos visitou o comandante Geral da PM a fim de promover o dialogo e a aproximação entre as entidades e a PMPB como também a comissão teria elogiado a atuação do BOPE(Euller)”. 
O coronel Euller também postou: "No encontro, que aconteceu no gabinete do comandante, no Quartel do Comando Geral, também foi entregue ao coronel um documento com resolução ministerial de 20 de dezembro de 2012 - que fala sobre o uso adequado dos símbolos em fardamento e veículos oficiais das policiais" (Euller).

PORÉM A VERDADE é que estávamos lá para protestar e repudiar a ação do coronel Euller, e no ato protocolar um documento oficial - Resolução Ministerial nº 08/2012, que condena o uso de símbolos da caveira na PM.
A nossa presença àquela solenidade foi guiada pelo protesto do uso inadequado, irregular e ilegal, de símbolos que promovem à violência institucional dentro das policias. O Coronel Euller distorceu as palavras e os fatos tentando mais uma vez esconder os fatos do Governador do Estado e da Sociedade Paraibana.
A resolução Ministerial de numero 08/2012 é muito importante para a sociedade, para a polícia, e para os policiais. Esta prevê: 
Art. 2º. Inciso XVII: - É vedado o uso, em fardamentos e veículos oficiais das polícias, de símbolos e expressões com conteúdo intimidatório ou ameaçador, assim como de frases e jargões em músicas ou jingles de treinamento que façam apologia ao crime e à violência; 
XVIII diz – o acompanhamento psicológico constante será assegurado a policiais envolvidos em conflitos com resultado morte e facultado a familiares de vítimas de agentes do Estado;
XX – será assegurada a reparação a família dos policiais mortos em decorrência de sua atuação profissional e legitima. 
Além de outros itens e recomendações importantes para a construção de uma Política de Segurança Pública Cidadã e Pacificadora; devemos dialogar com as forças policiais, demonstrando que estes precisam ler e entender o objetivo da resolução Ministerial nº 08 e juntos fazermos uma reflexão em busca de responder as seguintes perguntas:
Que polícia nós queremos? 
Qual a polícia que a sociedade deseja?
Qual a polícia que os policiais querem? 
Qual o papel da policia em governos democráticos? 
Qual é a opinião e qual será a decisão do Governador Ricardo Coutinho sobre estes fatos? 
Do outro lado do mundo, os Estados Unidos da América adotou o símbolo da águia como símbolo da liberdade, da força, da agilidade e da sabedoria. Tal símbolo até hoje é respeitado e venerado pela sociedade americana. Desta forma , vê-se que o símbolo da caveira tem suas origens na morte, na opressão e no terror. Sendo um retrocesso para as forças policiais no primeiro Governo dito Socialista da Paraíba!.

(*) Advogado, filósofo, Procurador Consultivo do Município de João Pessoa; Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PB; Conselheiro do Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba e do Comitê de Prevenção e Combate à Tortura da Paraíba representando a OAB/PB.


Nossa Saudação Humanística.

J. ALEXANDRE F. GUEDES
PRESIDENTE
OAB-PB/ 5546
Da Redação 
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